Associações enviam ao governo proposta para reabertura do comércio em Goiás.
- Estadão Goiano
- 16 de abr. de 2020
- 2 min de leitura

A Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) e a Associação Empresarial da Região 44 (AER-44) enviaram ao governo de Goiás solicitações para a reabertura de lojas e estabelecimentos. Por causa do coronavírus, setores não-essenciais estão proibidos, por decreto, de funcionar.
O decreto que autoriza apenas o funcionamento de empresas que lidam com produtos e serviços essenciais vigora até domingo (19). Em Goiás, quase 800 mil empresários estão proibidos de abrir as portas de seus estabelecimentos por causa da pandemia.
A Acieg justificou a necessidade de 14 setores voltarem a funcionar no estado. A entidade salientou que vai fomentar medidas de saúde para evitar o contágio.
Serviços que integram a lista da Acieg:
Óticas
Salões de beleza
Concessionárias
Operadoras de telefonia com atendimento delivery
Indústrias de móveis
Indústrias de automóveis
Construção civil
Indústrias de tintas
Escritórios sem atendimento ao público
Gráficas
Comércio de rua (como varejo em geral e restaurantes)
Confecções
Empresas de manutenção, materiais elétricos e eletrônicos
Papelarias
Em cada caso, a Acieg ponderou a importância e a necessidade de reabertura dos estabelecimentos. A associação também estabeleceu protocolos de segurança sanitária a serem seguidos especificamente por cada loja nos âmbitos geral, de higiene, de atendimento e de funcionamento.
O presidente da Acieg, Rubens Filet, disse que a expectativa pela reabertura é grande, até porque o setor calcula prejuízos. Segundo ele, os empresários estão em uma situação complicada.
"Principalmente, por causa de alguns empresários e colaboradores que vivem essencialmente com essa renda. Colaboradores que, às vezes, produzem no dia para receber no final do dia já não têm mais esse tipo de renda e isso está sendo muito preocupante”, destaca.
Ele explicou ainda que as lojas e indústrias vão implementar medidas contra o contágio pelo coronavírus.
"Nós não conseguimos fazer um decreto como o governador fez exigindo que todo o setor produtivo faça a utilização de vários EPIs. Mas o que nós estamos orientando de uma forma muito incisiva é a utilização de máscaras e a própria higienização, lavar bem as mãos, usar álcool gel. São outros procedimentos que estão dentro do nosso protocolo de flexibilização que foi apresentado ao governo de Goiás", explica.
Lojas da 44
Os lojistas da Região da 44, um dos maiores polos de confecção do país, fizeram solicitação semelhante. O presidente da associação, Jairo Gomes, disse que a área é a "maior empregadora do estado" e revelou que vai vetar, por ora, a vinda para Goiânia de compradores de outros estados.
"Nós estamos protelando a vinda do nosso turista de compra para a Região da 44 enquanto durar essa pandemia. Não será permitida a vinda de pessoas de outros estados para Goiânia. Esse fluxo é de 70% que deixará de visitar a região", pontuou.
Além disso, ele disse que todas as lojas, independentemente do tamanho, estarão munidas de álcool gel para funcionários e clientes. O acesso às lojas deverá ser limitado. Além disso, pessoas com mais de 60 anos devem evitar frequentar o local.
Gomes também afirmou que contratará uma empresa especializada para desinfectar as 14 ruas da região e contratar um médico especialista para orientar sobre as ações que devem ser tomadas.
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