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Caiado diz que adesão de prefeitos a decreto é 'desafio' e diz não haver sintonia com o G. Federal

  • Foto do escritor: Estadão Goiano
    Estadão Goiano
  • 1 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) disse na manhã desta quarta-feira (1º), que considera um "grande desafio" fazer os prefeitos aderirem ao decreto estadual que impõe uma flexibilização alternada de setores não essenciais. O político também afirmou que "não existe sintonia" na relação dos estados com o governo federal no que diz respeito ao combate ao coronavírus.


As declarações foram dadas durante entrevistas para as rádios CBN e CBN Goiânia. Caiado, que chegou a afirmar que esperava a adesão de todos os 246 municípios goianos à proposta chamada de "14 por 14" - que fecha estabelecimentos por duas semanas e reabre depois pelo mesmo período -, disse que já tem 70% das cidades alinhadas ao modelo. Nas "próximas horas", calcula, espera chegar a 90%.

No entanto, ele comentou da dificuldade em pôr em prática a medida. O governador chegou a dizer que muitos prefeitos acham que o coronavírus não é "tão grave" e que alguns estão mais preocupados com a possibilidade de perder apoio político. "É um grande desafio. Você vincula um lado que é sempre aquela tese do prefeito achar que, imagine bem, ainda tem gente que acha que o coronavírus é uma coisa que não é tão, assim, grave. E tem outros também muito mais com teses populistas e interesse nas campanhas eleitorais preferem não tomar medidas mais duras porque acha que pode perder apoio político", afirmou. "Neste momento, estamos vendo uma maior timidez por parte dos prefeitos, mas eu tenho sido muito duro, tenho dito a realidade", completou. Relação com o governo federal Caiado foi questionado sobre qual a relação, atualmente, dos estados com o governo federal no que diz respeito às ações de combate à pandemia. O governador afirmou que não há uma sintonia entre as duas esferas, mas que, por outro lado, nunca recebeu tantos recursos para atuar na contenção da proliferação do coronavírus. "Pode parecer incoerente, mas na verdade, fui parlamentar por seis mandados, deputado e senador, e posso dizer que não existe sintonia hoje entre a política nacional e a política dos estados e municípios. Isso provoca, indiscutivelmente, uma dificuldade de você conseguir implantar um norte para que as pessoas entendam a gravidade do momento", pontua. "Mas, em contrapartida, nunca tivemos tanto repasse na saúde como agora estamos tendo. Tenho que reconhecer que tenho recebido apoio na aquisição de estruturas para montar os hospitais e, de certa maneira, com toda fragilidade das estruturas de saúde no Brasil, graças ao SUS e aos repasses que estamos recebendo estamos conseguindo ofertar a todos aqueles contaminados ou complicados, condições dignas de atendimento", contrapõe. Lockdown O governo descartou implementar medidas mais duras, como o lockdown, caso a proposta de abertura escalonada não alcance o principal objetivo, que é aumentar o isolamento social em ao menos 55%. Ele apelou mais uma vez para que a população se conscientize e evite sair desnecessariamente, evitando a disseminação do vírus.

"Não temos estrutura capaz de implantar um lockdown. E eu não vejo porquê. No primeiro decerto, nós atingimos, alguns falam 66%, outros dizem que chegamos a 70%. Porque não ter essa mesma compreensão que existiu [antes]?"

O importante é a pessoas entenderem que não tem queda de braço, o que estamos buscando é demostrar que é uma tentativa com base científica para que a gente tenha uma junção entre aquilo que é a vida e a economia", finaliza".

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